top of page

Quando saber que é a hora de começar a terapia?

Apesar de nos últimos anos a discussão sobre buscar pela terapia ter estado mais presente entre as pessoas, ainda existem alguns estigmas que permeiam nossa área, principalmente sobre o momento certo para buscar por este serviço.

Neste artigo a ideia é te fazer refletir acerca não somente da necessidade e dos benefícios que o processo terapêutico oferta, mas também apresentar outras possibilidades de auto cuidado, sem que precise de um momento mais agudo no estágio de sofrimento para que isto ocorra.

Enquanto psicóloga, sei que as pessoas chegam para atendimento quando não estão nos melhores momentos de sua vida. Sei que depositam muita confiança e expectativa no tratamento a fim de acabar logo com aquela dor do momento. O que eu quero te dizer é que: você não precisa esperar estar em um momento de crise para procurar ajudar. É muito mais benéfico e e contundente que a gente comece a trabalhar com a ideia da prevenção do que com a ideia de apagar incêndios.

Vivemos em uma cultura na qual a necessidade e produção e a individualidade estão cada vez mais presentes, fato este que, infelizmente, acaba nos distanciando das nossas reais necessidades, sempre há algo mais importante a fazer, sempre a mais dinheiro a ganhar, sempre há mais coisas, pessoas e lugares a conhecer, e nossa saúde mental vai ficando cada vez mais sobrecarregada.

E sabe quando percebemos essa sobrecarga? Quando estamos vivendo crises de ansiedade, quando estamos deixando de produzir no trabalho, quando nossa relações estão sendo prejudicadas ou quando estamos com questões de saúde física e mental acontecendo de forma acentuada.

É preciso repensarmos a ideia de cuidado que temos com a gente mesmo, e começar a trabalhar com a ideia de prevenção e não de lidar com o problema quando ele já está no seu estágio mais agudo de sofrimento.

Vale lembrar que a terapia é um processo, e como todo processo requer comprometimento, responsabilidade e flexibilidade em compreender que nada se resolve de forma imediata, como tendemos a acreditar que é assim que funciona, mas que as coisas levam tempo e, como toda relação, é preciso ser construída encontro após encontro.

 

Marina Paiva

Psicóloga

CRP 06/150769

bottom of page